quarta-feira, 26 de maio de 2010

Navegações VIII


Vi as águas os cabos vi as ilhas
E o longo baloiçar dos coqueirais
Vi lagunas azuis como safiras
Rápidas aves furtivos animais
Vi prodígios espantos maravilhas
Vi homens nus bailando nos areais
E ouvi o fundo som de suas falas
Que nenhum de nós entendeu mais
Vi ferros e vi setas e vi lanças
Oiro também à flor das ondas finas
E o diverso fulgor do outros metais
Vi pérolas e conchas e corais
Desertos fontes trémulas campinas
Vi o rosto de Eurydice das neblinas
Vi frescor das coisas naturais
Só do Preste João não vi sinais

As ordens que levava não cumpri
E assim contando tudo quanto vi
Não sei se tudo errei ou descobri

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‘’ – Hoje escrevi para Copenhague. No fim deste Verão vais para lá estudar. Escolhe o que queres estudar. ‘’

Sören estava decidido a mandar Hans estudar para a Copenhaga. Contudo, este não aceitava a decisão do pai, pois o que ele queria mesmo era ser marinheiro, capitão de um navio e estar mais próximo do mar.
Sören temia perder Hans no mar, pois já lá tinha perdido os seus dois irmãos.
Decidido a ser marinheiro, Hans fugiu de Vig, alistado como grumete no navio cujo nome era ‘’Angus’’.
Enquanto navegavam passou por bons e maus momentos, atravessou tempestades e mais tarde aquilo que o seu pai temia nunca aconteceu.


Esta passagem do conto é para nós a mais significativa para o desenrolar da história, porque foi uma mudança na vida de Hans, sendo este aventureiro e corajoso para seguir em frente com o seu sonho, não se importando com a opinião dos que o rodeiam e que querem o seu bem.

O sonho de Hans


O sonho de Hans era ser marinheiro, visto também ter uma grande paixão pelo mar.
Sören, pai de Hans, não concordava que este se tornasse num marinheiro, devido aos seus irmãos mais novos, Gustav e Niels, terem morrido no naufrágio de um veleiro. Por esta razão, Sören não permitia que tal acontecesse, tendo receio de perder o seu único filho restante.
Hans queria ser um daqueles homens que a bordo do seu barco viviam rente ao maravilhamento e ao pavor um daqueles homens cuja ausência era sonhada e cujo regresso, era emocionante.